sexta-feira, 21 de outubro de 2011

OS VERDADEIROS DONOS DA TERRA

Quando os portugueses chegaram ao Brasil pensavam eles que eram os primeiros, porém, logo descobriram que os índios já habitavam, foram descobertas antigas cerâmicas datadas 1000 anos d.C. isto nos faz vê que há tempo o Brasil era habitado, não sabemos precisamente quando chegaram à primeira leva migratória na América do Sul, mas há registros de 11 a 12,5 mil anos.
No começo os portugueses chegaram a pensar que os índios não possuíam alma por não serem descendentes de Adão e Eva, consequentemente não seriam cristãos com essa desculpa fizeram o índio de escravo impondo que seus costumes e crenças não eram validos, só dos portugueses. Apesar de o Papa da época considera-lo cristão. Também catequizaram os mesmo e ensinaram à língua portuguesa, e alguns Jesuítas também aprenderam à língua Tupi.
O nome índio foi dar por enganos, pois, os europeus achavam que tinha chegado à Índia, mesmo depois de perceberem que não estavam na Índia e sim em uma terra desconhecida continuaram com o nome por se trata de nativos e os seus interesses eram de expansão econômica e religiosa.
Os índios foram verdadeiros anfitriões, pois receberam os portugueses com tudo que ele tinha a oferecer, e sem saber falar a língua portuguesa conseguiram se comunicar e ainda disseram que tinha ouro e prata deixando os portugueses ainda mais curiosos em explorar aquelas terras. Talvez se os índios na época tivessem expulsados os portugueses do Brasil a historia seria outra, ou tinha matado os índios do litoral, bem como muitos foram mortos por resistência.
Na colonização a população indígena era aproximadamente 1 e 10 milhões de índios, somente na bacia amazônica calcula-se existissem 5.600 habitantes. Apesar disso muitas tribos foram extintas o contado com os imigrantes e geralmente por medo matavam os nativos e através do contato com os europeus acabavam contraindo doenças que até então não existiam aqui no Brasil. As doenças trazidas foram gripes, sarampo, coqueluche, tuberculose e varíola, os mesmos não possuíam sistema imunológico e ainda para algumas doenças mais graves o remédio do pajé não funcionava.


Sabemos que muitas coisas se perderam ao longo do tempo e do processo de colonização, mas restaram 200 línguas indígenas faladas no Brasil. Entre outras, se destaca das famílias pertencentes aos troncos Tupi ou língua geral denominado por vários lingüistas, Macro-Jê e Aruak. Há famílias, porém, que não puderam ser identificadas como relacionadas a nenhum destes troncos. São elas: Karib, Pano, Maku Yanoama, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura, Nambikwara e Guaikura. Porém a maioria dos índios tem a língua portuguesa como sua segunda língua, como há índios que somente falam sua língua nativa. Contudo hoje já são ensinadas na escola indígena as duas línguas, a nativa e a portuguesa e em algumas aldeias só e falado a língua nativa. Há também várias palavras indígenas que se misturaram e hoje já fazem parte da língua portuguesa.
Do mesmo modo, foi influenciando a literatura brasileira no período do romantismo, há diversas obras literárias: Uruguai de José Basílica da Gama, Caramuru de José de Santa Rita Durão, Iracema, Ubirajara e o Guarani de José de Alencar e os Timbiras de Gonçalves Dias.
Uma influencia na culinária brasileira principalmente aqui na região norte as raízes: a batata doce, inhame, amendoim, macaxeira ou aipim e seus derivados a farinha de mandioca, bejúm, tapioca, o milho e seus derivados, as variedade de bananas, a água de coco. Os temperos: pimentas, colorau muito usado para dar cor a comida. As especialidades como: pato no tucupi, peixe moqueado, leite de dendê, é sem duvidas uma das maravilhas.
Temos diversos costumes herdados pelos índios - quem não gosta de tirar uma sesta depois do almoço na rede? Não sei vocês da região sul e centro-oeste, mas nos da região norte e nordeste, até pelo clima quente a rede favorece. O costume do banho diário que pode chegar até cinco durante o dia. As pinturas no corpo, e os adereços como brinco feitos com sementes de açaí e penas, colares feitos de várias sementes de diversas cores e formas que são importados para a região sul e centro-oeste e até para o exterior. As moradias feitas de paxiúba e coberta de palha que no interior e na região norte e nordeste muito usado, pelo baixo custo ou nenhum. Alguns brinquedos infantis como a carapeta (pião) e o estilingue (como chamamos no Acre baladeira) para caçar passarinhos. Utensílios e panelas de barros, as cuias feita do fruto da cabaça para retirar água.
As lendas e estórias: como a do Boto, Vitória Regia e ect. O índio no seu habitat natural muito inteligente sabendo usar as riquezas naturais de forma a não agredi-las, e independente e sustentável sabe tudo da mata, dela faz bom uso remédio caseiros.
Há pessoas agridem o índio chamando de cachaceiros... Se forem cachaceiros e porque o dito homem branco o viciou para vende sua cachaça barata, mas para os índios se torna cara. Hoje e proibido vender bebida alcoólica para os mesmo, no entanto sabemos que na pratica isso não acontece, pois ainda encontramos muito perambulando pelas ruas da cidade aos tombos, em estado de embriagueis.
Dia do índio foi datado no de 19 de abril de 1940 porque neste dia teve um 1º Congresso Indigenista Inter-Americano em Patzcuaro, México; o representante do Brasil foi o sociólogo Professor Roquette Pinto; criou então o Instituto Indigenista Interamericano com sede no México. Com o apelo do Marechal Rondon, o então presidente Getulio Vargas, pelo decreto n° 5.540 de 2 de julho de 1943, determinou que o Brasil e os demais países americanos, comemorassem o Dia do Índio. Mas no ano 1940 não teve nos primeiros dias a presenças dos índios, pois os mesmo estavam com medo de serem agredidos e dizimados pelos homens brancos so no 19 de abril que ele foram.
O índio hoje tem mais direitos que nós ditos brancos que se formos fazer um exame de sangue descobriremos que temos o sangue de índio quanto de negro em nossas veias. Talvez uma forma de ressarcir pelos maus tratos e a expulsão de suas terras e seus valores e costumes. Mas sabemos que falta o principal a conscientização da população em geral para o valor e respeito do índio como o homem que preserva e usa a terra da melhor sem agredi-la. Sem esquecermos que eles chegaram primeiro, portanto são os verdadeiros donos.


Referências:

- Material Didático, UAB.UNB;
- site da Funai : www.funai.gov.br
- GREGÓRIO, irmão José. Contribuição Indígena ao Brasil Lendas e tradições – Usos e Costumes Fauna e Flora – Língua – Raízes Toponímia – Vocabulário; Volume I. 1980.

As artes visuais da tribo Kaxinawá na Escola Delzuite Barosso

Autora: Antonia Elissandra do Nascimento Aragão

1. Apresentação:

Sabemos que a arte expressa emoções, estado de espírito, na cultura indígena em especial além de expressar tudo isso ela é uma característica importante para a identidade da tribo, refletindo um universo de signos, valores, crenças e saberes essenciais deste grupo étnico. Contudo pouco explorado pelos professores do município. Talvez uma forma de ressarcir pelos maus tratos e a expulsão de suas terras e de seus valores e costumes. Mas sabemos que falta o principal, a conscientização da população em geral para o valor e respeito do índio como o homem que preserva e usa a terra da melhor forma sem agredi-la. Sem esquecermos que eles chegaram primeiro, portanto são os verdadeiros donos.

2. Motivação:
Os indígenas fazem parte da formação da sociedade brasileira, tendo em vista que foram os primeiros habitantes destes pais. Esta população tem cultura, costumes e formas de viver diferentes de outras etnias ainda que os costumes dos povos indígenas tenham sido aos poucos subtraídos. A população indígena teve grande participação no processo de formação da cultura brasileira e por que não dizer também no processo educacional.
Diante disso, observa-se que a arte indígena também representa um elemento de extrema importância na educação uma vez que ambas andam paralelamente na vida cotidiana do ser humano. A educação não se restringe apenas à instituição escolar, mas também, ao ambiente doméstico, nas rodas de conversas, nas vivencias da vida, ou seja, ela também ocorre de forma assistemática. A antropologia cultural e a arte de uma forma geral fazem parte da vida diária das pessoas, por isso não podem ser deixadas de lado, e tudo que e arte precisa ser valorizado, tendo em vista que quando uma determinada sociedade tem sua arte apontada como importante isso traz certo respaldo e importância para tal população.
A Arte desperta no aluno o interesse pelo saber e faz com que possa despertar o artista que há nele. Através da Arte se ampliam os conhecimentos científicos que podem ser divulgados aos demais a fim de que a cada dia o saber seja multiplicado e a cultura de um povo não possa ser esquecida. Com a implementação deste projeto a cultura kaxinaua poderá ser incorporada ao Estudo das Artes da Educação Acriana, valorizando a cultura regional indígena e mostrando as raízes desses povos, bem como eles poderão ser reconhecidos futuramente através da Arte Visual.

3. Objetivo Geral:
- Inserir a cultura indígena da tribo Kaxinawá nas aulas de Artes nas escolas do município de Tarauacá.
Objetivos específicos:
-Divulgar como os índios kaxinawá viviam, vivem e como reproduz sua arte;
- Mostrar como a tribo kaxinawá reproduz sua arte;
- Identificar a utilização da pintura corporal da tribo Kaxinawá e o significado dessas formas de expressões corporais;

4. Público Alvo: Estudantes da escola Delzuite Barroso entre as 6ª e 7ª series;
5. Metodologia:
- Oficina de pintura corporal;
- Exposição de material artístico;
- Slide com a historia da tribo;
- Vídeo BIMI – Mestre dos Kenes;

Referencias:
Video na Aldeia – BIMI - Mestre dos Kenes, disponível http://www.youtube.com/watch?v=JxaP8WFyBqo&noredirect=1 acessado em 20 de Abril de 2011.